Integrantes do grupo em frente ao motor home usado na viagem (Foto: Divulgação/Portal Brasil Naturista) |
Acomodados em um motor home (veículo adaptado como uma casa sobre rodas), sete adeptos da prática participaram do “1° Naturistas pelo Brasil”, uma viagem que os levou do Rio Grande do Sul até o Espírito Santo, onde ocorreu o 13° Congrenat (Congresso Brasileiro de Naturismo), de 18 a 31 de março, na Praia de Barra Seca.
Eles saíram de Porto Alegre no dia 23 de março e retornaram à capital gaúcha em 3 de abril.
No caminho, fizeram paradas em vários ambientes voltados para o naturismo, como a Praia do Pinho, em Balneário Camboriú (SC), o clube Mirante do Paraíso, em Igaratá (SP), a Praia do Abricó, no Rio de Janeiro, o Recanto Paraíso, em Piraí (RJ), e o Clube Rincão Naturista, em Guaratinguetá (SP).
Em respeito às leis de trânsito, os viajantes faziam o trajeto vestidos e só tiravam a roupa quando o veículo estava estacionado nos postos de gasolina, à noite, ou nas paradas naturistas. As refeições eram preparadas no motor home, que tem cozinha com micro-ondas.
“O que mais nos perguntam é se a gente fica nu dentro do motor home. Foi essa a preocupação do motorista que foi contratado para nos levar”, conta Glacy Moraes Machado, uma das integrantes. “Mas explicamos que só tiramos a roupa quando ele está estacionado. Aí você pode sair do banho e ficar do jeito que está. Fechamos as cortinas do veículo, claro, para não ficarmos expostos", diz.
Glacy já participou de duas excursões parecidas anteriormente, organizadas pelo mesmo grupo, o Portal Brasil Naturista. Ambas passaram por destinos latino-americanos, como Chile e Uruguai, e foram batizadas de “Naturistas pela América Latina”.
Glacy Machado (Foto: Divulgação/Portal Brasil Naturista) |
Ela diz que o naturismo a ajudou a assumir seu corpo. “O preconceito com a nudez é a gente que tem. No naturismo não tem essa de mostrar o corpo só se ele for bem bacana.”
O veículo oferece a estrutura de uma casa (Foto: Divulgação/Portal Brasil Naturista) |
O grupo chamava a atenção dos outros viajantes na estrada, e aproveitava as aproximações para distribuir jornais sobre o tema.
“O público vê que é um movimento familiar, sem conotação sexual, e aceita muito bem”, diz Marcelo Pacheco, de 40 anos, um dos editores do Portal Brasil Naturista.
Sua mulher, Carina Moreschi, também o acompanhou na viagem.
Viajantes fazem refeição ao lado do veículo (Foto: Divulgação/Portal Brasil Naturista) |
O tempo não ajudou muito – uma frente fria acompanhou o grupo durante a viagem --, mas isso não impediu de praticar o nudismo.
No congresso, que ocorre a cada dos anos, foi eleita a nova direção da Federação Brasileira de Naturismo e discutida a programação para o próximo biênio.
Para Marcelo, um lado positivo da experiência foi poder aproveitar o caminho. “Uma coisa é fazer roteiro aéreo, no qual você não vivencia a situação da viagem. Outra é percorrer quilômetro por quilômetro, sentir o lugar, conhecer as pessoas a cada parada.”
Ele diz que pretende organizar mais excursões nudistas em breve.
Caminhando na Praia do Pinho, em Santa Catarina (Foto: Divulgação/Portal Brasil Naturista) |
Grupo na Praia do Abricó, no rio de Janeiro (Foto: Divulgação/Portal Brasil Naturista) |
Carina Moreschi ao lado do motor home (Foto: Divulgação/Portal Brasil Naturista) |
O grupo em uma praia (Foto: Divulgação/Portal Brasil Naturista) |
Outra foto nas paradas (Foto: Divulgação/Portal Brasil Naturista) |
Na frente do veículo (Foto: Divulgação/Portal Brasil Naturista) |
Glacy, Marcelo e Carina (Foto: Divulgação/Portal Brasil Naturista) |
Fonte: G1Globo.com